domingo, 22 de agosto de 2010

O que é o autor sem o leitor?

É difícil imaginar uma doutrina sem qualquer seguidor, independentemente da sua natureza ou idiossincrasia.
A Realidade passa pelo paradigma da mensagem na sua verdadeira acepção, logo, quem não a consegue fazer passar acaba por encalhar num qualquer ponto do seu périplo.
Penso, sobretudo, que somos um pouco de cada um, designadamente daqueles com os quais privamos, assumindo-se toda uma pluralidade de experiências e conhecimentos o consolidar da personalidade.
Nesta perspectiva, é impossível dissociar a criação da partilha, pelo que quem escreve tem de ter público-alvo, independentemente da pré-disposição, ou não, para aquele género literário.
Não devemos alinhar pelo diapasão do pré-concebido, preterindo à priori daquilo que podemos vir a gostar à posteriori, todavia, tal é intrínseco da nossa Natureza, da qual não podemos abjurar, em condição alguma. Talvez um pequeno esforço seja o suficiente para explorar novos caminhos, que decerto nos levarão a algum lado e conferirão mais uma pequena nota à partitura da nossa vida.

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